Entenda as polêmicas e acusações de parcialidade envolto ao debate da TV Atalaia

Política

Marcado para hoje, 20 de agosto, o primeiro debate entre os candidatos à prefeitura de Aracaju se viu envolto em uma série de polêmicas que comprometem a credibilidade do evento e colocam em questão a imparcialidade do Sistema Atalaia de Comunicação. As suspeitas de favorecimento às candidatas de direita Yandra de André (União) e Emília Corrêa (PL) emergiram após revelações preocupantes.

O debate, organizado pela TV Atalaia, deveria servir como uma plataforma para os candidatos exporem suas propostas e confrontarem ideias. Contudo, antes mesmo de seu início, o evento já estava mergulhado em controvérsias que expuseram possíveis falhas nas concessões públicas de comunicação em Sergipe.

O radialista Narciso Machado foi o primeiro a levantar as acusações, alegando que o jornalista Sérgio Cursino, escalado pela emissora como mediador do debate, teria se encontrado previamente com Emília Corrêa para orientá-la sobre as perguntas que deveria fazer aos demais candidatos. Narciso apresentou imagens do suposto encontro, lançando dúvidas sobre a imparcialidade do evento.

As polêmicas não pararam por aí. Cursino teria afirmado, em declarações vazadas, que Fábio Henrique e Luis Carlos Foca estavam comprometidos com Yandra de André, insinuando que a conexão política de Fábio com Yandra e um “cachet altíssimo” para Foca seriam as motivações por trás desse alinhamento. O radialista Luis Carlos Foca, por sua vez, era esperado para comandar um “esquenta” antes do debate, no qual ele entrevistaria os candidatos.

Em resposta às acusações, Foca contra-atacou, insinuando que Narciso Machado também estaria envolvido em acordos questionáveis. Ele sugeriu que Narciso teria participado de reuniões noturnas com o “secretário de comunicação” e que visitou uma agência de publicidade, insinuando que poderia estar alinhando pautas de interesse do grupo governista.

Essas acusações trouxeram à tona questões éticas sérias sobre o comportamento das concessões públicas de comunicação em meio ao cenário político. Embora seja evidente que todos possuem suas preferências, a situação se torna ainda mais problemática quando essa parcialidade é escondida dos eleitores e do público em geral, que dependem desses meios de comunicação para uma cobertura justa e equilibrada.